domingo, 15 de dezembro de 2013

Caruaru - Brasil

Caruaru - Brasil  
A 135 quilômetros do Recife, no interior de Pernambuco, Caruaru tem a maior feira ao ar livre da América, a Feira de Caruaru, declarada Patrimônio Imaterial Brasileiro. O conjunto formado pelas feiras livre, do gado e do artesanato e pelos mercados da carne e da farinha recebeu o título do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Outra marca registrada de Caruaru é a festa de São João, uma das mais disputadas e famosas do País. Na terra do artesão Mestre Vitalino (1909-1963) e da conhecida Banda de Pífanos acontecem apresentações de danças folclóricas, shows de forró, quadrilhas de diferentes tipos, a Caminhada do Cuscuz (em que se prova, gratuitamente, o maior cuzcuz do mundo, de acordo com o Ginness Book).
Fora de época também dá para curtir Caruaru. No Alto do Moura, a 7 quilômetros do centro da cidade, há diversos restaurantes de culinária regional - carne-de-sol, galinha ao molho pardo, charque ao molho de coco e sarapatel - embalados ao som das zabumbas e dos triângulos. Ali também há artesanato de barro, couro e renda - influenciado por Mestre Vitalino ou o praticado por Mestre Galdino (1924-1996), cheios de personalidade.


Os caruaruenses são convictos num ponto: seu São João é o melhor e o maior do mundo. Verdade ou não, a festa - que começa ou no último sábado de maio ou no primeiro sábado de junho e dura 30 dias – é o grande evento da cidade. O ponto de todo burburinho é o Parque de Eventos Luis Lua Gonzaga (de mais de 40 mil metros quadrados), no centro de Caruaru, onde ficam pólos com diferentes atrações.
Entre os mais badalados estão o das quadrilhas (com muita dança junina), o parque de eventos – dois palcos geminados garantem que o forró não pare nunca – o do xote das meninas, (com restaurantes) e a fazendinha, com manifestações culturais de todo tipo.
As bandas de pé de serra, formação clássica dos conjuntinhos de forró, ficam ainda espalhadas por todo canto. Fora do Parque Gonzaga, as ruas de Caruaru festejam o São João agigantando as coisas: elas fazem comidas enormes como “o maior pé de moleque do mundo”, ou a “maior tapioca” – deve ser por isso que Caruaru tem a fama de ser não só o melhor, mas o maior São João do mundo.
As culinárias italiana e pernambucana são misturadas no Don Pepone. O restaurante oferece um buffet durante o almoço, além de pizzas, massas e pratos regionais.

Na Feira do Artesanato (ou feira dos artistas), há objetos típicos da região. O Alto do Moura, com seus bonequinhos de barro que retratam o rico folclore regional é o local onde há a maior concentração de artesãos de Caruaru. Não é exagero dizer que Caruaru só existe por causa de sua feira.
Estabelecida há mais de duzentos anos, foi ela que transformou a remota região formada por fazendas de gado em centro comercial. Hoje, a feira – localizada no Parque 18 de Maio, ocupando mais de 218 mil metros quadrados – tem de tudo um pouco, de ervas medicinais até produtos importados.
Ela é organizada em mercados especializados: o da sulanca (de confecção), artesanato, farinha, flores, frutas e verduras, bolos (de doces em geral), carne, importados (de eletrônicos), ervas medicinais, entre outros. A feira está oficialmente aberta todo dia, mas algumas de suas partes funcionam só uma vez por semana (como a da sulanca, às terças). Sábado é o dia de maior movimento.  
Bonecos de barro, poesia de cordel, pífanos e violas ditam as cores da cidade e transformam Caruaru no que ela é: um dos maiores centros de cultura regional do Brasil. Quem for para lá não pode deixar de ver os templos de dois grandes personagens dessa história toda, a Casa Museu Mestre Vitalino (grande fazedor de bonecos de barro e tocador de pífano – morto em 1959) e a Casa Museu Mestre Galdino (notável ceramista, poeta de cordel e violeiro) – ambos no Alto do Moura. O Museu do Forró, que rememora a trajetória de Luis Gonzaga, e o Museu do Barro, dedicado inteiramente à arte com a matéria-prima, são também pontos incontornáveis desse roteiro folclórico. Para os amantes do eco-turismo, o Rio da Prata com suas quedas d´água, fica a 40 minutos da cidade de carro. A Serra dos Cavalos tem várias trilhas pela mata, assim como a Fazenda Nova, povoado onde é tradicionalmente encenada a paixão de Cristo.

POR QUE VALE A PENA?Porque a cultura regional é realmente rica e única. Dança, culinária, artes.
VISITEA Casa Museu Mestre Vitalino, que foi residência do grande ceramista.
NÃO PERCAAs maiores comidas do mundo. Pipoca, Tapioca, Bolo, Mungunzá, Pamonha, Cuscuz são feitos em tamanho gigante.
O QUE EU GANHO COM ISSO? A chance de conhecer de perto a Banda de Pífanos de Caruaru, o importante conjunto do gênero. São dois pífanos, caixa, zabumba e surdo que fazem melodias de atmosfera pastoril em marchas, músicas de novena e missa, frevos e peças folclóricas


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